
Bebidas
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Os molhos e massas estão presentes na mesa da maior parte dos brasileiros que, cada vez mais, se apaixonam por uma cozinha à la Itália. Nessas horas, saber como harmonizar vinhos com pratos italianos pode melhorar a experiência da refeição.
O primeiro passo para fazer isso é compreender os tipos de vinhos existentes, assim como suas características particulares. Dessa forma, fica mais simples distinguir qual harmoniza bem com determinado prato.
Existem quatro variações de vinhos que são mais famosas – o tinto, o branco, o rosé e o espumante. A partir delas, de acordo com a uva utilizada na produção da bebida e com o tratamento que ela recebe, mais tipos surgem.
Pesquisas realizadas pelo site Wine Folly demonstram que, atualmente, existem mais de 200 espécies de vinho ao redor do mundo. Logo, sistematizar todas elas é um grande desafio.
Para que você conheça um pouco desse extenso universo, separamos curiosidades sobre as quatro variações mais famosas e, também, sobre as uvas mais utilizadas para produzi-las.
Os vinhos tintos são os mais consumidos no mundo. Podem variar entre leves, como os feitos com a uva Pinot Noir, e encorpados e mais fortes, como o Cabernet Sauvignon e o Merlot.
Ele recebe seu nome graças à coloração, sempre em vermelho escuro, advinda da casca da uva – que influencia, também, no gosto e libera tanino na bebida, uma propriedade que dá a sensação de boca seca ao tomar o vinho.
Com coloração amarelada ou quase transparente, os vinhos brancos praticamente não possuem tanino. Por isso, tendem a ser leves e bastante ácidos. O mais indicado, para este tipo, é consumi-lo gelado.
Os vinhos brancos mais famosos são os feitos com uvas Sauvignon Blanc, mas o Chardonnay e o Moscatel também são ótimas pedidas.
Feito com variedades de uvas brancas e tintas – o que confere sua cor rosa clara –, esse tipo de vinho tem o aroma, a acidez e nível de tanino definidos pelo tempo de contato da polpa da uva com a pele e pela forma de vinificação.
Os espumantes são produzidos por um processo de bi-fermentação, passando pelo processo de fermento duas vezes. Logo, não há a adição de gases em sua composição, por mais que eles apresentem bolhas.
Dentre eles, podemos destacar o Champagne, o Cava, o Prosecco e o Lambrusco, distinguidos entre si pelo seu processo de fabricação.
A harmonização de vinhos é uma arte que une sabores para uma experiência mais profunda e prazerosa.
Conhecendo os tipos de vinhos e as uvas mais famosas em sua produção, é importante compreender também o que exatamente é harmonização de vinhos.
Este processo consiste em combinar os alimentos com certa bebida a fim de aproveitar o melhor que eles têm a oferecer. Por isso, muitos chamam essa experiência da arte de criar os melhores aromas, sabores e texturas.
Outros alimentos e bebidas podem harmonizar entre si para criar uma refeição muito mais prazerosa, como as cervejas, os cafés e até alguns drinks.
Na hora de fazer a harmonização, algumas dicas podem te ajudar a ser mais preciso e a descobrir o que combina com o vinho ou com o prato escolhido. Confira algumas delas!
A escolha da receita influencia diretamente na bebida que será consumida. Além dos ingredientes utilizados, se atentar ao modo de preparo e aos molhos e acompanhamentos que serão servidos é muito importante, pois eles alteram o gosto, o aroma e a textura dos alimentos.
Um exemplo disso são bifes que podem ser mais suculentos quando assados ou secos quando fritos.
Se você estiver começando no mundo da harmonização, ir pelo básico é o mais fácil. Faça as combinações de alimentos e bebidas tendo como base a semelhança.
Exemplificando, vinhos Cabernet Sauvignon são mais encorpados e, por isso, harmonizam com pratos mais gordurosas, como carne grelhada e lasanha de molho à bolonhesa.
Da mesma forma, um vinho leve, como o Sauvignon Blanc, combina muito bem com frango e com frutos do mar.
Seguir o caminho da semelhança é mais simples, porém não é a única possibilidade. Harmonizar com base no contraste pode criar combinações deliciosas no paladar.
Por exemplo: combine pratos salgados com bebidas doces, como o Vinho do Porto. Uma carne vermelha gordurosa, por sua vez, pode ser consumida com um vinho ácido, como o Pinot Noir.
Os vinhos branco, rosé e espumantes são mais ácidos que o tinto e, justamente por isso, possuem uma ampla possibilidade de harmonizações. Em suma, a “regra” da acidez preza que o vinho escolhida seja sempre mais ácido que a comida.
Presente em grandes quantidades nos vinhos tintos, taninos são substância adstringente, ou seja, que causam uma sensação de boca seca ou “amarrada”. Justamente por isso, não combinam muito com comidas menos pesadas, pois cortam o sabor delas.
Quando escolher um vinho tinto leve ou encorpado, dê preferência a alimentos gordurosos, tendo em vista que a gordura protege as papilas gustativas da ação dos taninos.
A variação branca é um dos exemplos de vinho gastronômico.
Quando estiver em dúvida sobre qual vinho harmonizar, lembre-se dos vinhos gastronômicos. Chamados assim pela facilidade de combinações com outros alimentos, eles são mais ácidos, o que ajuda na produção de saliva, ameniza o sal, corta a gordura e limpa o paladar.
Como exemplos temos os espumantes, os brancos e até o Pinot Noir, um tinto mais leve e menos encorpado. Dessa forma, o desafio de fazer a combinação perfeita fica menos complicado.
Agora que ficou mais simples entender o que levar em consideração na hora de criar boas harmonizações, é hora de explorar a culinária italiana e descobrir quais vinhos combinam com cada receita.
A lasanha à bolonhesa combina massa e carne vermelha criando um prato pesado e, por isso, pede vinhos tão encorpados quantos. Para harmonizar, aposte no Cabernet Sauvignon, no Syrah, no Malbec e no Tannat.
O macarrão à carbonara é uma das receitas italianas mais clássicas de todos os tempos. Como, nessa receita, a junção do ovo e da gordura do bacon formam uma massa cremosa, a dica é evitar os vinhos tintos.
Os vinhos mais indicados, para o prato, são os brancos, especialmente o Chardonnay.
Assim como o carbonara, o nhoque ao molho branco é bastante gorduroso e cremoso. Por isso, a melhor opção é apostar em vinhos brancos ou os tintos bastante leves, como o Pinot Noir.
O macarrão com camarão combina com vinhos rosés e algumas variedades do branco.
O macarrão com frutos do mar é um clássico da culinária italiana e, também, da portuguesa. Esses alimentos, assim como os peixes, são frescos e precisam de cuidados nos temperos para balancear bem os sabores.
Os vinhos que combinam com esses alimentos são os rosé, com foco no Merlot e no Malbec.
Por mais que menos explorada, a harmonização entre vinhos e doces é possível. Afinal, quem ama a bebida quer saboreá-la a qualquer momento! Descubra quais sobremesas italianas combinam com seus vinhos preferidos.
Por mais que gordurosos graças ao leite, sorvetes – ou gelattos, como são chamados na Itália – são bastante açucarados. Por isso, a dica é apostar no Vinho do Porto, por também possui essa característica.
Ambas as receitas são feitas com café, o que confere e a elas certo amargor balanceado com o açúcar. Para essa harmonização, a dica é um espumante do tipo Moscatel, já que ele é docinho, floral e razoavelmente encorpado.
Compreendendo como a harmonização funciona e com qual vinho cada prato italiano combina mais, é preciso contar com boas marcas para fazer um jantar delicioso.
Esse vinho chileno da vinícola Ventisquero é um delicioso Pinot Noir seco, muito leve, fresco e com boa acidez.
Em questões de aroma, apresenta toques de frutas vermelhas, morangos, baunilha e especiarias advindas da fermentação em carvalho francês. Em questão de coloração, apresenta um vermelho rubi forte e marcante.
Harmoniza bem com queijos, carnes brancas, risotos e frutos do mar. Caso esteja procurando um vinho para contrastar, ele também combina com carnes vermelhas mais leves.
Também proveniente do Chile, este Sauvignon Blanc é perfeito para combinar com peixes, frutos do mar e até comida japonesa.
No paladar, traz aromas de frutas cítricas, de maçã verde e de uva verde. A coloração é de um verde pálido, quase transparente.
Este Cabernet Sauvignon tem uma coloração vermelha intensa, e, no paladar, possui um aroma bastante frutado. É bastante encorpado, combinando com alimentos mais gordurosos como churrasco, lasanha, massas e queijos.
Produzido com uvas do tipo Merlot, é um tinto com aromas de cereja, de amora, de especiarias e de outras frutas vermelhas. É um vinho seco com corpo médio e razoavelmente adstringente.
Harmoniza com entradas como a bruschetta, com massas e com queijos.
Um espumante Moscatel feito com uvas brancas e que possui aromas mais doce, com toques de mel e de notas florais.
É uma combinação perfeita quando o assunto é sobremesas, com destaque para o fondue de chocolate, para a cheesecake e para o tiramisu.
Já escolheu qual será a receita italiana e qual vinho irá acompanhá-la? Independentemente de ser uma massa, uma carne ou uma sobremesa, o importante é ter uma bebida e boa companhia para saboreá-la.
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