
Cidades
10 min
A cidade que cresceu com o empreendedorismo e a coragem dos pioneiros tem prédios históricos conservados e grande área verde. Maringá, no noroeste do Paraná, coleciona surpreendentes índices econômicos, educacionais, sociais e de qualidade de vida e vem, ano a ano, se consolidando como destino turístico de negócios.
Além dos negócios, a lista de pontos turísticos de Maringá tem parques, templos religiosos, teatros, obras de arte e reservas florestais. Com base em dados da Diretoria de Turismo da Prefeitura de Maringá, elegemos os dez melhores. Confira!
A Capela São Bonifácio foi o primeiro templo católico construído em solo maringaense. A ideia foi do padre alemão Emílio Scherer, dono da fazenda na Gleba Ribeirão Pinguim onde a igreja foi erguida.
A construção, de 70 m², começou em 1939, sendo concluída em fevereiro do ano seguinte, e utilizou madeira extraída da mata nativa em torno da fazenda.
Na época, Maringá nem era considerada cidade, e sim vilarejo. A fazenda abrigava, além da capela, uma casa, uma olaria e uma hospedaria de padres. Até os anos 1980, a Capela São Bonifácio contava com torre e sino, que ruiu pela ação de cupins e não foi reconstruída. A construção foi tombada pelo Patrimônio Histórico do Município de Maringá em 1994. Cinco anos depois, foi elevada a paróquia.
O padre Scherer foi o primeiro pároco de Maringá e, além de idealizar a obra da São Bonifácio, apoiou moradores na construção da primeira igreja urbana de Maringá, a Capela Santa Cruz. Conheça a história desse templo a seguir.
Serviço
Localização: Rua Dolores Duran, 1.890 – Conjunto Cidade Alta
Missas: quarta (15h), sábado (19h30) e domingo (8h)
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 415 e 416
Telefone: (44) 3255-2772
A ideia de construir uma capela urbana em Maringá nasceu do grande número de fiéis que, todo fim de semana, se aglomeravam na pequena Capela São Bonifácio, na zona rural.
O padre Scherer decidiu, então, criar uma campanha para construir a nova capela e conseguiu arrecadar Cr$ 12 mil. Na época, a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, colonizadora da região, queria a igreja no chamado “Maringá Novo”, mas acabou cedendo porque ainda não havia residências naquela área. Assim, a comissão do padre Scherer decidiu erguer a capela no Maringá Velho.
A obra ficou pronta em 1947 e a primeira missa foi celebrada no domingo da Paixão.
Em 1952, a capela foi incorporada ao Colégio Santa Cruz, a primeira escola particular de Maringá. Foi restaurada e tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal em 1991.
Serviço
Localização: Rua Santa Joaquina de Vedruna, 365 – Zona 5
Missas: segunda a sexta (6h30) e domingo (8h)
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 713 e 721
Telefone: (44) 3225-8628
Eleita a quinta igreja mais bonita da América do Sul, a Catedral Nossa Senhora da Glória, símbolo de Maringá, nasceu da mente arrojada de dom Jaime Luiz Coelho, primeiro arcebispo da cidade, falecido em 2013.
Conta o monsenhor Orivaldo Robles, no livro “A Igreja que Brotou da Mata”, que dom Jaime, vindo de Ribeirão Preto (SP), trouxe a ideia de construir em Maringá uma catedral nos moldes de um ginásio de esportes, daquela cidade, em substituição à igreja de madeira. “Não demorou a mudar de ideia, surpreendendo por ousadia maior ainda.”
A criação da Diocese de Maringá, em 1956, aconteceu em meio à corrida espacial, período em que norte-americanos e soviéticos disputavam quem enviaria uma nave ao espaço. Os soviéticos venceram e lançaram o Sputnik. E foi daí que dom Jaime encontrou o formato para a nova catedral.
Ele apresentou a ideia ao arquiteto José Augusto Bellucci, que se encarregou de projetar o sonho do bispo. A construção começou em julho de 1959 e foi encerrada em 10 de maio de 1972.
No último dia daquele ano, foi celebrada a primeira missa na igreja ainda inacabada, sem vitrais e sem a maioria dos elementos internos. Em janeiro do ano seguinte, começou a demolição da antiga catedral de madeira. O material foi reaproveitado para construção de casas do Núcleo Social Papa João 23, projeto de desfavelamento da arquidiocese.
A Catedral Nossa Senhora da Glória tem 114 metros de altura e sustenta uma cruz de 10 metros. Do térreo ao 18º piso, há 598 degraus. São 16 vitrais e capacidade para 3,5 mil pessoas.
Atualmente, a catedral passa por restauração e está prestes a ganhar um elevador inclinado, do térreo ao mirante, que já constava do projeto original. As escadarias estão fechadas ao público desde 2010 em razão da reforma e ainda não há previsão para reabri-las.
Assista ao vídeo, da Arquidiocese de Maringá, que conta a história da catedral:
Serviço
Localização: Avenida Tiradentes, 500 – Zona 1
Missas: segunda a sexta (7h, 12h e 18h30), sábado (7h e 19h30) e domingo (7h30, 9h30, 12h, 18h e 19h30)
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 324, 427 e 458
Telefone: (44) 3227-1993
Um dos mais novos pontos turísticos de Maringá é o Parque do Japão, no Parque Itaipu, zona sul da cidade. O parque, de 100 mil m², foi construído para comemorar os 100 anos da imigração japonesa no Brasil – celebrado em 2008. A pedra fundamental foi lançada em 2006, e o parque aberto à população em 2013.
O Parque do Japão conta com elementos da cultura japonesa, como jardim imperial – o maior fora do Japão –, lago com carpas, cerejeiras, árvores quase centenárias e Casa de Chá. Também abriga ginásio de esportes e salão de festas.
É um lugar tranquilo e silencioso, ideal para um passeio de contemplação. Para as comemorações de Natal, o jardim japonês é decorado com luzes, recebe apresentações de corais e funciona em horário estendido.
Serviço
Entrada gratuita
Aberto de terça a domingo, das 9h às 17h
Localização: Rua Tulipa, 987 – Parque Itaipu
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 177, 531 e 528
Telefone: (44) 3034-0403
O Parque do Ingá é a área verde mais famosa da cidade. A reserva florestal tem 47,3 hectares e é considerada o “pulmão verde” de Maringá. Foi inaugurado em 1970 sob a orientação do engenheiro agrônomo, Anníbal Bianchini da Rocha, conhecido como jardineiro de Maringá por ter planejado a arborização urbana.
Conta com lago artificial, mata nativa, jardim japonês, brinquedos para crianças, animais de pedra, lanchonete, gruta de Nossa Senhora Aparecida, pedalinhos, pista de caminhada no entorno e Academia da Terceira Idade (ATI).
Foi interditado em 2009, após suspeita de febre amarela em macacos encontrados mortos. Meses depois, a doença foi descartada. Mesmo assim, o parque ficou fechado para visitação até junho de 2011, quando finalmente foi reaberto ao público com novas atrações: pista de arvorismo, tirolesa, pista de carrinhos elétricos e animais de pedra.
Serviço
Entrada gratuita
Aberto de terça a domingo, das 8h às 17h
Localização: Avenida São Paulo, s/n – Zona 1
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 427, 458, 414 e 415
Telefone: (44) 3901-1756
A homenagem aos pioneiros de Maringá está na Praça 7 de Setembro, ponto simbólico da interligação do Maringá Velho com o “Maringá Novo”, para onde a cidade cresceu rapidamente nos primeiros anos de formação.
Ali foi erguido o Monumento ao Desbravador – o popular Peladão –, obra do artista plástico Henrique Aragão, falecido em 2015 aos 84 anos. A escultura de bronze, inaugurada em 1972, tem 7,1 metros de altura e pesa quase 1 tonelada. Ao lado, foram confeccionados, em concreto, três machados estilizados e pintados em vermelho, amarelo e branco – as cores da bandeira de Maringá –, simbolizando a abertura das matas.
A gigante escultura nua com os braços erguidos e as mãos espalmadas faz alusão aos primeiros moradores de Maringá. Retrata a simplicidade e os sonhos dos desbravadores que chegaram até a cidade trazendo apenas a força de trabalho.
Saiba mais sobre a história do Peladão no vídeo produzido pelo blog Maringá Histórica:
Serviço
Localização: Praça Sete de Setembro – Zona 4
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 713, 460, 461, 528 e 528A
Fechado para visitação desde 2003, o Horto Florestal Dr. Luiz Teixeira Mendes é uma área de mata nativa, onde, no início da urbanização de Maringá, eram plantadas as mudas que formaram a arborização da cidade.
A formação do horto foi responsabilidade do engenheiro agrônomo Luiz Teixeira Mendes (falecido em 1957), que deu início ao processo de plantio de mudas de árvores. O local se tornou o viveiro da cidade.
A reserva de 36,8 hectares abriga 118 espécies de plantas nativas e árvores ameaçadas de extinção, como peroba, jaracatiá, cedro e espeteiro, plantas exóticas, 77 espécies de aves, macacos-prego, répteis e anfíbios, além da nascente do Córrego Borba Gato.
Todo esse ecossistema esteve ameaçado pela poluição e pela erosão, levando a Justiça a cobrar a recuperação do Horto Florestal e restringir o acesso à área. A Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná, dona da reserva, e a prefeitura cumprem a sentença e realizam obras de recuperação dos danos ambientais.
Resta, agora, a solução do impasse da reabertura da área ao público – que ainda depende de acordo entre a Companhia e administração municipal.
Serviço
Fechado para visitação
Localização: Avenida Doutor Luiz Teixeira Mendes – Zona 5
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 459, 040 e 466
O Parque Alfredo Nyffeler – o popular Buracão – foi criado para recuperar uma região degradada pela erosão na Vila Morangueira, zona norte de Maringá. São 104 mil m² com áreas para descanso, piquenique e lazer, parque infantil, lago artificial, campos de futebol suíço, mirante e pista de caminhada e corrida com 1 mil metros.
O parque foi aberto no final dos anos 1980 e agora passa por reforma. O projeto contempla criação de áreas para piquenique, leitura e redário, ampliação do parque infantil, construção de quadras de vôlei de areia e miniquadras de basquete, pergolado, instalação de bebedouros e revitalização do auditório.
Serviço
Entrada gratuita
Aberto diariamente das 6h30 às 22h
Localização: Rua Bogotá, s/n – Vila Morangueira
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 177,175 e 162
O Templo Budista Jodoshu Nippakuji de Maringá foi inaugurado em maio de 1983 e vale a pena a visita. São 688 m² com dois pavimentos e altar em peroba construído com a técnica de encaixe, dispensando pregos e parafusos.
Dentro do templo, há uma imagem do Buda Amida, o “Buda da Luz e das Vidas Infinitas”. No jardim, um sino de 900 quilos, trazido do Japão, é tocado antes das celebrações e na passagem do ano.
Serviço
Entrada gratuita
Aberto de segunda a sexta, das 8h às 18h. Sábado e domingo, somente com agendamento
Localização: Avenida Londrina, 477 – Zona 8
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 334, 416 e 254M
Telefone: (44) 3223-1195
Atrás do Colégio Santa Cruz, na Zona 5, em Maringá, está o mural que retrata a história da cidade, confeccionado com areia, cimento e cola. Do artista plástico Éder Portalha, a obra mostra a evolução da colonização de Maringá em quatro passos.
A primeira parte mostra homens derrubando a mata para abrir a cidade ao lado de desbravadores, um deles porta uma espingarda. Na próxima etapa, há casas de madeira e famílias chegando à futura cidade. Depois, o artista retrata o ciclo do café, grão que foi a base da economia maringaense por décadas, e o progresso da cidade. Por último, são retratadas a catedral e o Colégio Santa Cruz.
Os mosaicos do artista plástico Poty Lazzarotto (falecido em 1998) podem ser admirados no Teatro Calil Haddad, na Zona 5, e no Shopping Cidade, na Vila Nova. Os painéis são feitos com azulejo e concreto e retratam a história da formação de Maringá.
O painel instalado no Calil foi desenhado por Lazzarotto em 1997 e implantado três anos depois por um amigo do artista.
A obra que fica no Shopping Cidade foi inaugurada em 1992. São dois painéis que retratam a vocação agrícola de Maringá, a catedral e os trabalhadores urbanos.
Lazzarotto era curitibano e suas obras podem ser vistas em várias cidades do Paraná. Os painéis estão em ruas, edifícios, hospitais, teatros, aeroportos e shoppings.
Serviço
Mural do Colégio Santa Cruz
Localização: Rua Guarani (atrás do Colégio Santa Cruz) – Zona 5
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 177, 460 e 461
Paineis de Poty
Teatro Calil Haddad
Entrada gratuita
Aberto de segunda a sexta, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h
Localização: Avenida Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2.500 – Zona 5
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 040 e 177
Telefone: (44) 3918-6100
Shopping Cidade
Aberto de segunda a sábado, das 10h às 23h, e domingo, das 12h às 22h
Localização: Avenida Tuiuti, 710 – Vila Nova
Linhas de ônibus (a partir do terminal): 023, 254CT, 254E, 254I e 022
Telefone: (44) 2103-3100
Agora que você já sabe quais são os principais pontos turísticos de Maringá, reserve um fim de semana para um passeio e termine saboreando um cachorrão, o lanche típico da cidade! Se já conhece alguns desses locais, conta pra gente nos comentários qual é o seu favorito!